Você sabia que o processo de aprendizagem acontece muito por influência de neurônios chamados neurônios-espelho?
Esses neurônios nos ajudam a identificar e aprender sobre as emoções dos outros, por meio da observação das expressões do rosto, dos gestos, do tom de voz e da postura corporal. Ou seja, eles nos ajudam a compreender o que o outro está sentindo, desenvolvendo em nós a empatia.
A empatia é a capacidade que temos de estabelecer ressonâncias com as outras pessoas e de forma positiva construir relacionamentos interpessoais e ter uma comunicação eficaz. A capacidade de codificar instantaneamente essas expressões da linguagem não verbal permite ao ser humano agir através da compreensão das emoções dos outros, que despertam em nós a manifestação “espelho” das mesmas emoções.
Os neurônios-espelho exercem um papel essencial na aquisição da aprendizagem, principalmente no que se refere ao aprendizado das emoções. Assim, é importante que o pais possam ajudar as crianças a identificar e a lidar com suas próprias emoções.
Podemos dizer que a aprendizagem das emoções acontece na nossa infância na relação que estabelecemos com os nossos pais. Muitas vezes aprendemos com eles a reprimir, esconder, disfarçar, julgar e até dar pouca atenção a elas. Você já ouviu frases como: “quem chora é mulherzinha”, “não aconteceu nada, porque você chora?”, “engole o choro!”.
Na infância, a criança escuta essas frases e absorve como sendo verdades absolutas.
Na adolescência e vida adulta, os padrões de pensamentos aprendidos e internalizados tendem a se repetir e a influenciar na forma como o indivíduo age e interpreta o mundo a sua volta. Pensamentos podem surgir, como: "eu não deveria me sentir desse jeito", "eu preciso esquecer isso, é algo muito pequeno", "eu não posso ficar triste/bravo por isso", "tem gente com problemas piores", "se eu falar alguma coisa posso gerar algum conflito", "tenho que deixar isso pra lá, não sei porque fico me sentindo assim…"
Trabalhar as emoções da criança não é uma tarefa simples, pois vai exigir de nós pais a motivação e o desprendimento necessários para também trabalharmos as nossas emoções e sentimentos.
Tarefa difícil? Sim, mas
totalmente possível!
Regiane Larréa Pereira de Carvalho
Psicóloga - CRP 07/11122
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